Os sacramentos são os meios pelos quais podemos nos aproximar da vida em comunhão com Deus, em comunidade na Igreja e em busca da santidade. Eles revelam em nós a comunhão com Deus por meio de Jesus Cristo e pela ação do Espírito Santo, bem como nossa relação íntima com a Igreja por meio da doutrina dos apóstolos.
Não se tratam de ritos a serem cumpridos de forma superficial, por caráter social ou exigência familiar, mas devemos observar que: “Na celebração dos sacramentos, a Igreja transmite a sua memória, particularmente com a profissão de fé. Nesta, não se trata tanto de prestar assentimento a um conjunto de verdades abstratas, como sobretudo fazer a vida toda entrar em comunhão plena com o Deus Vivo”, é o que nos ensina o Papa Francisco em sua Carta Encíclica Lumen Fidei, nº 45. “Como Cristo foi enviado pelo Pai e também Ele enviou os apóstolos, sejamos nós todos enviados ao testemunho da fé, cheios do Espírito Santo e dotados de uma vida sacramentada”.
O Papa Paulo VI, na Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium, nº 59, ensina-nos que os sacramentos “não só supõem a fé, mas também a alimentam, fortificam e exprimem por meio de palavras e coisas, razão pela qual se chamam sacramentos da fé”. Como sinais e meios de fortalecimento da fé, foram instituídos por Jesus Cristo e confiados à Igreja, sendo o Batismo, a Confirmação, a Eucaristia, a Penitência, a Unção dos Enfermos, a Ordem e o Matrimônio, contando cada um com suas particularidades, que brevemente serão citadas.
Batismo
O Batismo é a porta dos sacramentos e ele insere o fiel na vida cristã, pois mostra o desejo de alcançar a salvação. Por ele, somos libertos do pecado, entregues à paternidade de Deus, unidos em Jesus Cristo e incorporados à Igreja. (Código do Direito Canônico, CDC, cân. 849)
As crianças que serão batizadas devem ter seus pais e padrinhos devidamente instruídos sobre o significado do batismo e também sobre as obrigações que assumem perante Deus e a Igreja, de conduzir a criança à vida cristã. Os adultos que quiserem se batizar deverão manifestar essa vontade, estar consciente das verdades sobre a fé e das obrigações cristãs, sendo advertido para arrepender-se de seus pecados. (CDC, cân. 865,872)